Áudio Transcrito

Oi Farofa, Corpo, Gabi, Gi, todas as magias dessa constituição que eu tanto admiro, muito obrigada, jamais estarei cansada para agradecer, muito obrigada, que honra, que alegria poder estar com vocês e falar sobre 1 peça cansada.  

1 peça cansada é minha mais nova coragem de cena performativa, eu que venho investindo alguns anos no enlaçamento do teatro com a performance, principalmente no campo de arte política e no lançamento do modo de produção como modo de criação, essa dramaturgia, produção/criação, criação/produção, produção/criação, produção/criação, produção/criação, realmente me move, me move na escritura do texto de 1 peça cansada, me move na proposição de longa duração, quando eu posso fazer várias sessões seguidas, isso causa uma economia, um giro econômico muito imenso e pulsante aqui nesse tremor que o meu corpo coloca em cena.  

É uma peça que traz um investimento em uma pesquisa da corporeidade tremida, com a palavra que sai a partir desse suor, tem bastante palavra nessa dramaturgia e tem muito sonho sonhando também no desejo de causar pulsão de vida, saúde coletiva.  

Que você pegue seu cansaço pela mão e chegue aqui pra gente cansar os nossos cansaços e a partir daí ver que na precariedade que nos é imposta, cada vez mais, existe linguagem de requinte, o gesto simples, como ele pode ser criado como requinte dentro dessa precariedade, isso me interessa muito, praticar e experimentar com vocês. Bora cansar, nossos cansaços. Muito obrigada.