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CHECHÊNIA: UM ESTUDO DE CASO
RONALDO SERRUYA
21/03 > 20H
22/03 > 11H
GALPÃO ARQUIMEDES RIBEIRO || FUNARTE SP
Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos
50min
TEATRO
Gratuito
PESSOAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO:
Sol Faganello
Paloma Dantas
Flavio Rodrigo]
Matilde Menezes
Carlos Jordão
Paulo Arcuri
Andreia Marques
Áudio Transcrito
Olá, meu nome é Ronaldo Serruya, eu estou aqui para falar sobre o Chechênia, um estudo de caso, meu processo criativo novo e que é uma continuidade de uma pesquisa que eu venho fazendo já há alguns anos sobre a ideia de peça palestra, que já resultou em um primeiro trabalho de solo autoral meu, chamado A Doença do Outro, que fala da minha relação com o HIV.
Agora no Chechênia eu falo sobre a homofobia institucional, que é aquela que é chancelada e permitida no seio das instituições, como o estado, a igreja, a família. Então, agora no Chechênia, é o parto de um substrato jornalístico, que é a existência de campos prisionais para homossexuais em pleno século XXI, na República da Chechênia. E tento, a partir daí, fazer uma relação entre o Brasil e a Chechênia, a partir da seguinte pergunta, que norteia o trabalho, que é: Quantas Chechênias existem dentro do Brasil? Eu crio ali uma história ficcional, no primeiro momento de imaginar a existência e a vida de um prisioneiro checheno dentro de um desses campos prisionais e imaginar também como se desenrola esse campo e eu vou ao longo do trabalho, conforme essa ficção vai sendo dividida com o público, eu vou trazendo elementos, ela é atravessada por elementos autobiográficos, da minha existência enquanto criança viada e da existência das crianças viadas no mundo como um todo.
Neste trabalho tem uma coisa também que a gente continua pesquisando, que aparece na Doença do Outro, que é a presença do audiovisual dentro do trabalho, de como que a imagem também acontece ali. Só que agora, de alguma maneira, a gente sofistica isso, porque tem a presença de uma direção audiovisual dentro da cena junto comigo, que é a Sofa Ganelo, que vai manipulando essas imagens, vai criando vídeos e imagens ao vivo, e isso tudo vai dando e misturando os elementos. E é isso.
Bio:
Ronaldo Serruyaéator e dramaturgo de um dos mais importantes grupos de teatro do país, oGrupo XIX de teatro (SP), atuando nas peças Hygiene, Arrufos, Marcha para Zenturo, entreoutros.Em 2009 fundou o Teatro Kunyn, um coletivo referência para as questões LGBTQIA+ nas artescênicas, onde atuou e escreveu a dramaturgia das seguintes peças: Dizer e não pedir segredo,Orgia ou de como os corpos podem substituir as ideias (indicado ao prêmio APCA-melhor peça)eDesmesura (Prêmio Suzy Capó de obra mais. transgressora no 25O Festival MIX daDiversidade).Como dramaturgo foi indicado como melhor autor ao prêmio São Paulo Teatro Infantil e Jovem/2018 pela dramaturgia da peça Hoje o escuro vai atrasar para que possamos conversar e ao 33ºprêmio Shell de teatro pela dramaturgia da peça A doença do outroIdealizador do Núcleo de pesquisa do grupo XIX de teatro onde concebeue dirigiu as peçasPlantar cavalos para colher sementes e Interruptor: dispositivos para desligar a corrente.Em 2020 idealizou a OficinaLinguagens da travessia: um olhar sobre as dramaturgiasdissidentes.Desde 2016 pesquisa e estuda as relações entrearte e HIV/ AIDS, criando o projeto “Comoeliminar monstros: discursos artísticos sobre HIV/AIDS" que já contou com o apoio institucionaldo Itaú Cultural e do Goethe Institut.No cinema atuou em filmes como Escola de Meninos, Na sua Companhia (melhor atorno CineVitória 2016), Corpo Elétrico (APCA de melhor longametragem 2017), do diretor MarceloCaetano e Just past noon on a Tuesday (melhor curta metragem no Silicia Queer Film festival,Itália), do diretor Travis MathewsSeu texto A doença do outro, venceu o 7º Edital de Dramaturgia em pequenos formatos do CCSP(SP).Atualmente finaliza seu próximo trabalho intitulado “Chechênia: um estudo de caso”, sobrehomofobia institucional, com estreia prevista
para 2025.