
corpo celeste
GIOVANNI VENTURINI
22/03 > 17H
23/03 > 11H
GALERIA FLÁVIO DE CARVALHO || FUNARTE SP
Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos
30min
TEATRO
Gratuito

PESSOAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO:
Giovanni Venturini
Lívea Castro
Diego Lucena
Áudio Transcrito
Bom, o corpo celeste surgiu quando eu comecei a estudar sobre o planeta Plutão, que era chamado, erroneamente, de ‘planeta anão’ e esse termo ‘anão’, que não é mais aceito, me incomodava muito, aí eu comecei a pesquisar sobre Plutão e comecei a encontrar características muito específicas e que me chamaram muita atenção e que se comparavam de um certo modo ao meu corpo, que também tem nanismo, essa coisa do planeta ser expulso do sistema, por não seguir as regras que se espera de um planeta, é a mesma coisa que acontece com o corpo com deficiência e principalmente com o corpo com nanismo, que não segue as regras de um corpo dito padrão.
Então comecei a pesquisar e a fazer um texto de uma forma mais poética e metafórica, comparando o meu corpo a esse planeta, esse corpo meu, que também, por si só, é um planeta inteiro, contém uma galáxia inteira dentro dele. Então foi trazendo essas metáforas, essas analogias e também um amadurecimento do meu trabalho para discutir um tema que me toca muito, que é a sexualidade do corpo com deficiência, então, além dessas metáforas, dentro da existência de um corpo fora das normas, dentro de um sistema, também traz a discussão de um corpo fora das normas sendo bonito, sendo atraente, sendo desejado e também sendo um corpo desejante. Traz toda essa analogia de um corpo que não quer mais ser só um atrativo, mas sim um corpo que quer ser atraente e que sente tesão, que quer ser desejado e que também tem desejos por outros corpos, por outros planetas, cada corpo é um planeta em si e não precisa necessariamente seguir a regra. Então, bom, é mais ou menos isso aí, através da dança, do teatro e do texto, que é bastante poético, vai trazendo essas comparações.
Bio:
Giovanni Venturini é ator, palhaço, dramaturgo/roteirista e poeta. Seja nas telas ou nos palcos, sempre traz a discussão de ser um corpo divergente na arte.
Na literatura, compartilhou sua poesia através do livro “A não ser”, lançado em 2015. Seu espetáculo solo, com mesmo título do livro, reúne poesia, teatro e circo somado as vivências e experiências pessoais do ator/autor.