Áudio Transcrito

Bom, o Lindo-de-Morrer se propõe a ser um filme performance, a gente trabalha com diversas camadas de criação, tem esse áudio-guia narrativo que vai discorrendo sobre a criação da beleza ao longo da história e a forma como isso também desemboca em violências, em um olhar determinado principalmente ao corpo feminino.  

Então a gente opta pela criação de diversas camadas criativas, a partir desse áudio, em conjuntura com esse áudio, além desse áudio que vai guiar tudo, tem a coreografia do corpo em que a gente explora uma pesquisa de movimento muito pautada em paragens, em poses, na construção desse universo lânguido, arrastado e sonolento, articulado com essa camada de vídeo em que a gente traz elementos desse universo, que a gente está criando, de acordo com publicidade, com a pintura, com essas referências pops que foram construídas ao longo do tempo.  

A gente usa o nosso mote inicial para falar dessa questão da beleza é o par de cor, laranja e azul, que é um par de cores complementares, então a gente vai falar da hora mágica, o momento do dia em que as cores estão equilibradas e que isso gera uma harmonia visual. Então a gente vai discorrer a partir do laranja e do azul, que é esse par de cor que dá essa atmosfera elevada, essa atmosfera encantada, um certo inebriamento e um certo desbunde visual.